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Rose McGowan: entre heroína e vilã

  • Foto do escritor: Juliana Santos
    Juliana Santos
  • 15 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

Nesta quarta-feira (11), o fundador da gigante Miramount Pictures foi condenado a 23 anos de prisão, e deverá ser incluso na lista oficial de agressores sexuais dos Estados Unidos. Após meses de julgamento e décadas de importunação e assédio contra mulheres de Hollywood, Harvey Weinstein foi declarado culpado pelos crimes de agressão sexual e estupro em fevereiro deste ano. Na tribuna, a assistente de produção Mimi Haleyi e a ex-atriz Jessica Mann descreviam em pavoroso detalhe a violência que sofreram do premiadíssimo produtor de cinema. Do lado de fora, repórteres, cinegrafistas e populares acompanhavam o desenrolar do processo que levaria à condenação de Weinstein. E, junto a eles, algumas das mais de 80 mulheres que acusaram-no de algum crime sexual. À frente delas, uma figura imponente, destemida e definitivamente controversa: a multiartista Rose McGowan.


Hoje com 46 anos, ela tinha apenas 24 quando aceitou um convite de Harvey Weinstein para uma conversa profissional num quarto de hotel. Lá o produtor estava hospedado para o Festival de Cinema de Sundance, nos Estados Unidos. Mais tarde, este se provaria o modus operandi do cineasta. Outras dezenas de atrizes, produtoras, figurinistas e aspirantes seriam chamadas, nos anos seguintes, para verdadeiras armadilhas em quartos de hotel com Weinstein. McGowan não foi a primeira e, infelizmente, não seria a última vítima. Ela foi, entretanto, uma das primeiras a vir a público com uma acusação direta ao ex-dono da Miramount Pictures. Após assinar um acordo monetário com Weinstein ainda no ano de seu estupro, 1997, Rose manteve sua história para si por vinte anos até decidir contá-la.

Ela disse Já fora do circuito de Hollywood, a ex-atriz contatou o jornal The New York Times pouco antes de publicar uma série de tuítes onde acusava Weinstein de tê-la estuprado e culpava os estúdios Amazon por ignorar sua denúncia. “Eu contei ao diretor do estúdio que HW [Harvey Weinstein] me estuprou. Eu disse de novo e de novo. Ele falou que não haviam provas”, escreveu em 2017. “Eu disse que eu era a prova”. O cineasta negou a denúncia de Rose. Negaria, também, todas as dezenas de acusações que surgiriam nos anos seguintes, e que marcariam a ascensão do movimento #MeToo e a queda de Harvey Weinstein. Rose também iniciaria uma nova ascensão junto ao movimento de mulheres que romperam silêncio perante seus abusos na indústria do entretenimento. Mas sua “queda”, perante setores da opinião pública, ocorre ainda antes daquela de seu abusador.


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