Pequenas e fortes, altas e magras – por que ginastas são tão diferentes?
- Juliana Santos
- 9 de fev. de 2018
- 2 min de leitura
Nas Olimpíadas de 2016, a ginástica artística foi um dos esportes mais acompanhados pelos brasileiros, chegando ao oitavo lugar em audiência, atrás apenas dos jogos de futebol da seleção brasileira e das cerimônias de abertura e encerramento.
Enquanto o Brasil assistia e se familiarizava com o esporte, surgiu uma dúvida que com certeza já foi assunto nas casas de todos os telespectadores: por que as ginastas artísticas são tão baixinhas?
De fato, a altura das atletas surpreende. Alguns exemplos de destaque são as ginastas da equipe feminina chinesa, que até tiveram a idade questionada por boa parte do público, por terem a altura reduzida e apresentarem corpos de aparência pré-púbere. Também, temos a querida Flávia Saraiva, que chamou atenção com seus 1,33m, sendo a ginasta de menor altura dos jogos ー o que não a impediu de ganhar o 5º lugar na trave e receber elogios da estrela Simone Biles.
A surpresa maior vem quando assistimos a uma outra modalidade: a ginástica rítmica. O esporte, que ainda tem apenas ginastas mulheres nas Olimpíadas, apesar de compartilhar da mesma classificação da ginástica artística, é extremamente diferente. Com um foco maior na expressão artística, nos movimentos coreografados e no manejo de aparelhos móveis. Sendo tão distinto de sua prima mais popular, a ginástica artística, as ginastas também tem uma diferença gritante: a média de altura é entre 1,55 e 1,65m, com algumas atletas tendo tamanho superior a 1,70m. Elas também são significativamente mais magras e com membros inferiores e superiores mais longos, o que as faz parecer ainda mais altas.
Com toda essa diferença entre as ginastas, começamos a pensar: o que as faz apresentar esses extremos corporais? Será que o treinamento das ginastas artísticas as impede de crescer, enquanto o das rítmicas, não?
Vamos descobrir mais sobre os efeitos do treinamento, e da genética, nos corpos das ginastas a seguir ー e pode não ser tão simples quanto parece.
Matéria detalhando a biologia, a física e os aspectos sociológicos por trás da ginástica esportiva. Leia mais.
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